O Ronco pode ser o sinal de uma doença grave e evolutiva
Nos Estados Unidos estima-se que anualmente morram cerca de 38 mil pessoas decorrentes as doenças do sono, como a apneia. Os acidentes de carro devidos aos distúrbios do sono chegam a 100 mil por ano. Motoristas sonolentos provocam um em cada seis acidentes fatais, chegando à impressionante marca de cerca de 17%. São também responsáveis por 1 em cada 8 acidentes que resultam em ferimentos graves. Cerca de 41% dos motoristas admitiram já terem dormido ao volante. Quanto aos gastos com acidentes envolvendo pacientes que tem apneia do sono nos Estados Unidos, chega-se à estatísticas incríveis:
- Acidentes automobilísticos: US$ 39 bilhões
- Acidentes de trabalho: US$ 13,4 bilhões
- Acidentes públicos: US$ 1,34 bilhões
Lembramos que apneia significa “parada respiratória” e hipopneia significa “diminuição da respiração”. Ambas situações são consideradas conjuntamente para o diagnóstico e a mensuração da gravidade da doença.
Na grande maioria dos casos o paciente ronca e isto pode ser um sinal da apneia do sono. O ronco é um sintoma muito importante de que algum problema respiratório está acontecendo. “Apesar da sociedade ainda ter bastante preconceito em aceitar e falar que ronca, devemos nos preocupar com este sintoma e procurar esclarecimento sobre a possibilidade de estar sofrendo alguma doença”, explica Dr. Jamal.
As consequências da apneia do sono no dia a dia da pessoa podem ser inúmeras. Geralmente quem tem SAHOS sofre com muita sonolência e cansaço constante durante o dia, causados obviamente por uma noite de sono pouco eficiente e nada relaxante. O paciente acorda sentindo-se mais cansado do que quando foi dormir.
No entanto, existem ainda inúmeras outras consequências graves, como a forte relação com a hipertensão arterial, arritmias cardíacas, doenças nas coronárias, insuficiência cardíaca, redução da quantidade de sono profundo e até diminuição da libido e impotência sexual. Também pode ocorrer redução da memória, dificuldade para assimilar novas informações, maior irritabilidade e labilidade emocional. Em crianças, este distúrbio pode causar hiperatividade, baixo rendimento escolar, déficit de atenção, entre outros problemas.
Os idosos são a população mais afetada pela apneia do sono. Estudos mostram que cerca de 60 % homens e 40 % das mulheres acima de 65 anos roncam e/ou tem apneia do sono. Isto contrasta com a estatística de que 24% dos homens e 18% das mulheres de meia-idade roncam. Os idosos naturalmente acumulam distúrbios cárdio-circulatórios, respiratórios e metabólicos próprios do envelhecimento. Porém, quando soma-se à apneia do sono, a exacerbação dos sintomas e a enorme piora das consequências torna-se realidade. Então, os idosos com apneia tem uma chance extremamente aumentada de morte súbita durante o sono, maior risco de infarto do miocárdio, maior risco de hipertensão arterial, maior risco de acidente vascular cerebral etc.
A forma mais confiável de diagnosticar a doença é através de uma consulta com um médico otorrinolaringologista e do exame de polissonografia. O paciente permanece sob cuidados durante uma noite completa, enquanto são feitos os registros em aparelhos especiais. Todo o procedimento é totalmente indolor e não invasivo. Mede-se com eficiência a qualidade do sono, parâmetros respiratórios e neurológicos noturnos de uma pessoa. “A detecção precoce e tratamento imediato são as melhores maneiras de evitar-se muitos transtornos futuros”, ressalta o especialista.
Fonte: Rojas Comunicação