Sapinho em bebês: o que é, como tratar e evitar a infecção




Algumas noções básicas de higiene geralmente são importantes para combater contaminações causadas por fungos. Existem casos, no entanto, em que o problema surge devido a uma queda nas defesas do pequeno. As mães, principalmente as que estão amamentando, devem ficar atentas. Isso porque elas também estão sob risco de contaminação. Veja abaixo como barrar esse problema.


O que é?
O nome científico do sapinho é monilíase. Trata-se de uma infecção causada por um fungo chamado Candida albicans, o mesmo da candidíase. Ela pode aparecer na boca – língua, gengivas, parte interna das bochechas e até nos lábios – ou na região perineal, a área que é coberta pela fralda. “O aspecto do sapinho é o de um restinho de leite que não sai”, afirma Maria Aurora Brandão, pediatra do Hospital e Maternidade São Luiz, em São Paulo. No períneo, ele costuma se manifestar na forma de bolinhas avermelhadas. Elas normalmente não geram incômodo, mas, em casos mais graves, podem causar dor, irritação e coceira.



Quais são as causas?
Nosso organismo hospeda uma série de fungos e bactérias que, em condições normais, vive em harmonia com esses bichos. Por algum motivo, seja por estresse ou baixa resistência, eles podem se multiplicar e deflagrar um problema. “No caso do sapinho, a candida albicans se aproveita de uma situação de prejuízo imunológico”, afirma Maria Aurora Brandão. Como esse fungo gosta de lugares úmidos, ele costuma dar as caras em bicos de mamadeira ou chupetas não higienizados corretamente e até mesmo fraldas – a pouca ventilação cria um ambiente propício para a proliferação do microorganismo.



Em que idade o sapinho ataca com mais frequência?
Enquanto a criança se valer de mamadeiras, chupetas e fraldas, há o risco da infecção aparecer. Mas os bebês nos primeiros meses de vida estão mais sujeitos pelo fato de ainda não terem o sistema imunológico totalmente desenvolvido. Além disso, os pequenos têm o hábito de botar tudo o que vêem pela frente na boca, um comportamento de risco quando o assunto é sapinho.

Como evitar?
É importante estar sempre atento à higienização de tudo o que vai à boca do bebê. Além disso, arejar áreas cobertas pela fralda também ajuda no combate à formação de ambientes amistosos ao fungo. “Fraldas úmidas devem ser trocadas o quanto antes”, aconselha Roberto Tozze, pediatra do Instituto da Criança do Hospital das Clínicas de São Paulo.



Como é o tratamento?
Antes de mais nada, procure um pediatra. Esse especialista é quem vai indicar os antifúngicos apropriados. Vale frisar que o tratamento pode ser demorado, arrastando-se por alguns meses. Também é fundamental que não se raspe, cutuque ou mexa-se na área infectada, o que só agrava o problema. As lactantes devem prestar atenção a qualquer tipo de ardor na região do bico do seio. Isso porque o bebê pode transmitir a doença para a mãe. Não são raros os casos em que a criança é tratada, mas volta a ter a monilíase. Pudera. O seio materno continua infectado.


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